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O jovem da zona rural que chegou a Feira com um bocapiu e fogão
8 de janeiro de 2021

“Cheguei aqui com um bocapiu e um papelão debaixo do braço (para dormir). Hoje, sou um representante do povo no Poder Legislativo”. A declaração, cheia de orgulho, é do vereador Luiz da Feira (PROS), em entrevista para a TV Câmara. Prato, caneca e colher, uma unidade de cada, além do “fogão de uma boca só”, também faziam parte de sua “mudança” do distrito Bonfim de Feira, onde nasceu, para a cidade. Trabalhador autônomo, foi atuando como camelô que venceu em Feira de Santana – onde aportou em 1998, aos 24 anos de idade – sendo esta a classe que ele mais defende na Casa da Cidadania.  Eleito para o segundo mandato, com 3,376 votos, já escolheu qual a sua prioridade em 2021: “Lutar para que o Shopping Popular seja, na prática, dos vendedores ambulantes. Tenho obrigação de batalhar por estes pais e mães  de família”. Crítico ferrenho do contrato firmado entre a Prefeitura e o consórcio que administra a denominada Cidade das Compras, Luiz da Feira diz que o equipamento foi  idealizado para instalar os vendedores ambulantes que atuam no centro da cidade mas o empresário Elias Tergilene (presidente do grupo econômico responsável pela construção e gestão do empreendimento) teria destinado aos camelôs “os piores pontos, localizados no porão,  para ele poder comercializar os melhores espaços”. Comerciantes estabelecidos no local encontram-se, segundo ele, sem vender, e não têm recursos financeiros para equipar os boxes. “Alguns não podem gastar R$ 3 a 4 mil com essa despesa e ainda pagar uma  ‘guia’ de R$ 2 a 3 mil por mês. E ele diz que vai tomar 500 pontos, alegando que teriam sido abandonados”.  Diz que Tergilene tentou  lhe difamar. “Quem quiser saber de mim, pesquise meu CPF e quem quiser saber quem é ele, veja o CPF dele”, diz o vereador, ao cobrar do prefeito reeleito, Colbert Martins Filho, “uma maior fiscalização e medidas mais enérgicas para garantir os direitos dos ambulantes”.

VAI COBRAR INVESTIMENTOS PARA A ZONA RURAL

Motoboys,  taxistas, vendedores de frutas e verduras  (“que chegam às 4 horas da madrugada no Centro de Abastecimento, empurrando carro de mão  para levar o pão de cada dia para casa”) e  os moradores da zona rural também estão na pauta de trabalho do vereador. Defende que  Prefeitura e Governo do Estado façam mais investimentos na agricultura. “Temos de ter respeito pela zona rural, investir em todos os distritos e não escolher A ou B”. Considerado entre os colegas como “rei do abraço”, ele lamenta o momento, que impõe afastamento entre as pessoas devido à pandemia de coronavírus e manifesta solidariedade a quem perdeu um familiar ou  amigo, vítima da doença. “Quando você cola um  coração no outro, sente  amor, carinho, gratidão. Deus vai colocar as mãos e normalizar tudo”, acredita. 

 

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