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Isaías de Diogo critica a Marcha para Jesus deste ano
14 de outubro de 2019

No uso da tribuna, na sessão ordinária desta segunda-feira (14), na Casa da Cidadania, o vereador Isaías de Diogo (PDT) teceu críticas à Marcha para Jesus, realizada no último sábado (12), principalmente pela falta de convite aos vereadores.

“Venho me manifestar em relação ao que aconteceu em Feira no último sábado, na 26ª Marcha para Jesus. Incrível o que todos os vereadores da bancada evangélica dizem: nós não fomos comunicados da realização da Marcha. A manchete do Jornal Folha do Estado diz que o evento conta, mais uma vez, com o apoio da Prefeitura e na foto mostra o secretário de Relações Interinstitucionais, Nau Santana, e o vereador Cadmiel Pereira em reunião com o organizador do evento, o apóstolo Edson. O secretário não nos comunicou da realização do evento e Cadmiel foi o único vereador convidado”, pontuou Isaías.

E continuou. “Apóstolo Edson, você conseguiu desfazer uma conquista da cidade, um projeto desta Casa em tornar a Marcha um patrimônio imaterial da cidade. Conhece a palavra de Deus e não cumpriu. Secretário Nau, deveria respeitar os vereadores, principalmente os evangélicos; muito me admira essa postura que o senhor e o vereador Cadmiel adotaram. O vereador Edvaldo Lima se sentiu ofendido porque Cadmiel foi o único convidado para representar o Legislativo”, disse.

Em aparte, o edil Ron do Povo (PDT) disse que é por conta de atitudes como essa de representantes evangélicos que a Igreja Católica está evoluindo. “Alguns representantes evangélicos não olham para a família, e sim para si próprios. Estão fazendo política com a Marcha para Jesus”, avaliou.

Também em aparte, o vereador Edvaldo Lima (PP) disse ter se sentido humilhado no evento. “Estive presente na Marcha, juntamente com o deputado José de Arimatéia e, para nossa surpresa, não fomos convidados para participar da oração. Fiquei até preocupado com essa atitude, pois entendo que pastor Edson é uma pessoa respeitosa, mas não entendi ele convidar apenas um vereador para representar a cidade. Só vi lá eu, o deputado e o vereador Cadmiel, então ele poderia chamar todos para fazer a oração. Atitude equivocada do pastor e deve rever seus conceitos. Vou encaminhar um ofício pedindo os gastos com essa Marcha”, prometeu.

Participando do debate, a vereadora Neinha Bastos (PTB) também não concordou com a falta de convite aos vereadores e afirmou que o Reino de Deus nunca foi dividido. “Alguém queria a gloria só para si e Deus disse que a glória Dele não será de ninguém. Quem está cumprindo as orientações de Deus mandaria um ofício para esta Casa convidando a todos. Não entendi essa postura dos organizadores, limitou a classe evangélica sem necessidade nenhuma. Não vejo uma Marcha para Jesus, e sim um evento para tratar do ego e do poder. Onde não tem paz, Jesus não habita. Se faz uma Marcha e não convida as autoridades, não foi feito para Deus. Minha Igreja não foi convidada, ficamos sabendo pelas redes sociais. Antes de qualquer coisa, primeiro agregue, convide, junte, una. Lamento, pois todos os anos somos convidados e este ano não”, criticou.

De volta com a palavra, Isaías ressaltou que o discurso tem como objetivo buscar respeito. “Foi uma vergonha o que aconteceu. Colbert, é preciso rever essa situação com o secretário Nau quando ele chega em seu gabinete representando os evangélicos. Não deve fazer panelinha com isso. Nau, nota zero e o comentário foi que o poder público não contribuiu com nada. Isso é mentira: contribuiu com o trio, banheiros químicos, e a proposta de trazer uma atração, mas por conta de valores não pode trazer”, observou.

Para Isaías, a Marcha acontecia de fato quando tinha representantes evangélicos. “Sozinho não vai para lugar nenhum. Não sei onde Edson estava com a cabeça quando decidiu fazer isso sozinho, tinha apenas 300 pessoas no evento. Envergonhou um projeto tão bonito, que já chegou a ter mais de 10 mil pessoas. E Cadmiel fica escondido, não fala nada; deveria falar, já que foi o escolhido para participar da reunião com a Prefeitura e representar o Legislativo”, disparou.

Na defesa do Governo Municipal, o líder governista, vereador Marcos Lima (Patriota) garantiu que houve investimentos da Prefeitura na realização da Marcha. “Sempre houve e sempre haverá a ajuda do Município na realização da Marcha para Jesus”, disse.

Para finalizar, Isaías disse que vai propor à bancada evangélica da Câmara uma reunião com o prefeito e os organizadores da Marcha para Jesus. “O que aconteceu sábado foi um protesto e não uma marcha. Prefeito, queremos uma nova marcha, pois essa não foi Marcha para Jesus não. Quero prestação de contas do que foi gasto ali. Vou aguardar o momento certo para falar, pois entendo que o secretario Nau e o vereador Cadmiel devem dizer mais sobre esse evento, pois estavam em reunião dia 11 de outubro. Esse evento deu errado e não respeitou os vereadores”, finalizou.

 

 

 

 

 

 

 

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