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Essencial e de baixo risco, segundo estudos, academia não deve fechar, diz Galeguinho
2 de março de 2021

Fundamentado em estudos divulgados nos últimos meses, o vereador Galeguinho SPA (PSB), está defendendo em Feira de Santana que as academias de ginástica sejam integradas às atividades consideradas essenciais e, portanto, com autorização para funcionar mesmo diante das restrições determinadas pelos governos estadual e municipal durante a pandemia de coronavírus. O vereador reuniu-se neste início de semana com proprietários de academias da cidade para debater os impactos do lockdown parcial decretado pela Prefeitura. Apurou que as empresas enfrentam sérias dificuldades para se manter, mas também, e principalmente, sérios danos para a saúde daqueles que se encontram impedidos de frequentar esses espaços. 

Galeguinho observa que pesquisas médicas de credibilidade recomendam a prática de atividade física como meio de proteção do indivíduo de alguns vírus, dentre os quais o SARS-Cov-2, causador da covid-19. “De acordo com trabalhos científicos publicados em órganismos especializados, trabalhar o corpo e a mente é essencial neste momento”, argumenta. O resultado desses estudos, ele diz, contraria qualquer determinação de fechamento das academias, seja pelo seu baixo risco, seja por sua importância para manter uma boa imunidade. “E desde que se aplique a limitação do número de pessoas e o respeito às normas sanitárias, jamais se deve suspender por completo os serviços desses estabelecimentos”, afirma. Pretende colaborar para a retomada do diálogo entre os representantes deste segmento e a administração municipal, na expectativa de que “o bom senso possa prevalecer”.

PESQUISA EM UNIVERSIDADE INGLESA

Uma pesquisa da Universidade de Bath, da Inglaterra, conclui pelos benefícios da prática esportiva e diz que “um estilo de vida mais ativo pode reduzir a incidência de doenças bacterianas e virais”. Para o imunologista e diretor-superintendente do Instituto de Ensino e Pesquisa Einstein, Luiz Vicente Rizzo, estes estudos mostram não o aumento da imunidade, “mas sim o que podemos fazer para mantê-la no melhor nível possível”. Ele afirma: “Você tem um patamar de imunidade que pode ser piorado por diversas razões. Quando você fala em melhorar a imunidade, o que você deveria estar falando é manter a imunidade que você tem. O que faz bem para o corpo faz bem para o sistema imunológico”. Membro do Hospital Israelita Albert Einstein, o educador físico Thiago Olegário defende que para manter o seu sistema imunológico em bom funcionamento é importante praticar exercícios de baixa e média intensidade. “Dessa forma, há um aumento na produção de linfócitos, também integrantes do exército de defesa do organismo”. 

 

ACADEMIA NÃO AUMENTA RISCO DE TRANSMISSÃO

Quanto ao alegado risco das academias como local de transmissão do vírus, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Oslo, na Noruega, iniciado em maio do ano passado com 3.764 pessoas entre 18 e 64 anos e sem comorbidades relevantes à Covid-19, apontou que fazer atividade física nesses locais não aumenta o risco de contaminação de coronavírus. Exatamente 1.896 pessoas foram autorizadas a retomar a prática de atividade física na academia, enquanto 1.868 foram utilizadas como grupo de comparação e, por isso, mantiveram-se afastadas. Os resultados mostraram que apenas um indivíduo, dos 3.764 monitorados, foi contaminado por Covid-19. Contudo, ele não fazia parte do grupo que frequentava a academia. Segundo os pesquisadores, o vírus foi contraído em seu ambiente de trabalho.

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