Representantes da comunidade têm participação de destaque em Audiência sobre Segurança Pública
25 de abril de 2025

A ação da polícia, as formas de abordagem, o enfrentamento ao crime organizado e os números da criminalidade e o combate às drogas foram as principais questões abordadas pelos que participaram, nesta quinta-feira (24), da Audiência Pública que discutiu a violência em Feira de Santana. Os debates foram conduzidos pelo presidente da Casa, Marcos Lima (União Brasil), que compôs a mesa ao lado do Tenente Coronel Michael Müller, comandante da CPRL, Yves Correia, coordenador regional da Polícia Civil, Luziel Andrade, secretário de Prevenção à Violência (Seprev) e Marcos Vinícius Dantas, comandante da Guarda Municipal.
A chamada Blitz do IPVA foi questionada pelo vereador Lulinha da Gente (União Brasil), que reclamou da frequência com que a ação é realizada, bem como da forma de abordagem aos motoristas. Ele falou também do aumento da violência nos distritos, especialmente a Matinha. Já Jurandy Carvalho (PSDB) citou a parceria que tem melhorado a segurança no distrito Governador João Durval (antigo Ipuaçu), onde reside. “Quando demos condição do policial fazer um bom serviço”, afirmou, ressaltando que a população da zona rural chega a 120 mil habitantes.
Investimentos na e na assistência social podem contribuir para a redução da violência, como sugeriu o vereador Pastor Valdemir (PP), autor da proposta de criar a Frente Parlamentar de Combate à Violência, como forma de provocar associações a virem à Casa e os próprios vereadores visitarem as comunidades, a exemplo dos residenciais do Minha Casa Minha Vida. Gean Caverna (Podemos), por sua vez, lembrou que foi obrigado a ficar sem o convívio dos filhos por mais de uma década, por conta da violência, enquanto Marcus Carvalhal (PL) questionou o contingente policial para atender o município e região.
Uma reflexão profunda a respeito do tema foi proposta por Pedro Américo (Cidadania), que acredita não ser possível vencer o problema da violência, em Feira de Santana ou em qualquer outro lugar, sem o uso de inteligência. Ele admitiu que a questão é complexa e é preciso não somente debater sobre a situação, mas criar oportunidades, gerar alternativas de renda e usar mais a tecnologia. “São problemas reais, crime organizado, comandos de dentro dos presídios”, citou o vereador.
A situação de medo vivida pela sociedade foi citada pelo empresário Valdick Sobral, ao lembrar que as pessoas têm os celulares roubados e quando os aparelhos são recuperados temem ir buscar na delegacia. Enquanto isso, o ciclista e gestor de projetos Braulio Soledade, lamentou a ausência do Poder Judiciário e da Promotoria Pública na audiência e disse que além de debates, é preciso que haja ações efetivas de combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado, associadas à redução da impunidade.
A líder comunitária Raylane Rodrigues, por sua vez, reivindicou melhorias no local, como iluminação e viadutos, para melhorar a segurança dos moradores.
Os profissionais de comunicação também tiveram participação de destaque na Audiência Pública sobre o Combate à Violência. No final das discussões, apresentaram questionamentos sobre o assunto Alan Emanuel dos Santos, do site Portal Regional Notícia; Amaury Júnior, da TV Geral – Folha do Estado; Marcos Valentim, do site Boca de Zero Nove; e Denivaldo Costa, da Rádio Subaé.