Ao som de hinos da Harpa Cristã, entoados pela jovem Júlia Elyasha, intercalados por orações e discursos sobre o papel da mulher dentro das igrejas, a Câmara Municipal celebrou, na noite desta quinta-feira (22), o Dia da Pastora. A sessão solene teve a participação de lideranças religiosas e políticas e dezenas de pastoras e apóstolas eclesiásticas.
A noite foi marcada por homenagens e momentos de emoção, como a apresentação do Coral do Conselho Federal de Mulheres Ministras do Evangelho e Femininas, no final da solenidade. A celebração foi realizada por iniciativa do vice-presidente da Casa, Pedro Américo (Cidadania), que também conduziu os trabalhos, diante do plenário e da galeria lotados. Pedro Américo reviveu memórias afetivas da infância, ao lado dos pais evangélicos. “A lembrança é forte e o discurso elaborado cai por terra”, admitiu, ressaltando a importância do respeito às pessoas e o não julgamento.
Visivelmente emocionado, Pedro Américo enfatizou a importância do trabalho das pastoras, “que fazem a diferença na vida das pessoas”. O deputado estadual José de Arimatéia (Republicanos) pontuou que “a função da mulher é de suma importância em todos os momentos. Vocês estão fazendo o que Jesus mandou. Ide e pregai a todas as pessoas”, afirmou.
Em um pronunciamento que destacou a igualdade na atuação religiosa entre homens e mulheres,o deputado considerou “uma afronta dizer que uma mulher não pode dirigir uma igreja”. Para Arimatéia, “seja homem ou mulher”, a missão desse trabalho tão bem direcionado pelas pastoras e apóstolas é “ganhar almas” para Jesus.
O reconhecimento formal e legal do papel da mulher no Ministério Eclesiástico e na sociedade se deu por meio da Lei n° 14.790, de 13 de setembro de 2024, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A luta vem desde 1930, quando as mulheres tiveram seus direitos limitados no Brasil”, lembrou a Apóstola Mari Ângela, atestando que a mulher exerce um papel fundamental dentro e fora das igrejas, especialmente à frente de iniciativas sociais. “Jesus se cercou de mulheres fortes, como Maria, sua mãe, uma figura central no plano da salvação”, destacou.
Ao comemorar pela primeira vez a celebração do Dia da Pastora, Mari Ângela falou de amor, respeito e carinho, inclusive pela Igreja Católica, e disse que a caminhada é compartilhada, tendo como guia e líder Jesus. “E Ele não retirou nenhuma mulher, porque não somos coadjuvantes, e sim, protagonistas”, ressaltou. A apóstola afirmou que, apesar dos avanços, ainda há discriminação contra o ministério pastoral feminino, mas destacou a inspiração pela trajetória de Frida Vingren, enfermeira e missionária, que levou a palavra de Deus a hospitais e presídios.
As pastoras também foram homenageadas pelo prefeito José Ronaldo de Carvalho, que foi representado na solenidade por Justiniano França, secretário municipal de Serviços Públicos, mas esteve na Casa da Cidadania para cumprimentá-las. Na mesa de honra, ao lado de Pedro Américo, além de Justiniano França, esteve o deputado José de Arimatéia; a apóstola Mari Ângela Brito Alves; o ex-deputado e ex-vereador Humberto Cedraz, e Augustina Obi, representando o Arcebispo Dom Zanoni Demetino Castro.
Também esteve presente na Mesa de Honra o pastor Rodolfo Santos, representando o deputado federal e pastor Sargento Isidoro, e Itamara Fernandes, representando o deputado federal Zé Neto.
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