Uma questão importante que deve ser avaliada em relação a problemas detectados no serviço de transporte público de Feira de Santana é a falta de interesse de empresários em explorar o serviço, principalmente nos distritos. Foi o que pontuou Professor Ivamberg (PT), durante discurso na sessão da Câmara nesta quinta-feira (22), ao tratar de manifestação realizada por moradores dos distritos de Matinha e Maria Quitéria, bloqueando a saída da garagem da empesa Rosa.
De acordo com o parlamentar, ele ouviu a declaração de um dono de empresa de ônibus há dois anos, quando participava de uma reunião com o secretário Sérgio Carneiro, após protesto realizado por uma outra comunidade que também reclamava das más condições do transporte.
“Por isto, eles colocam os piores ônibus. E um empresário dizer isto na frente do secretário é grave. A Prefeitura precisa ver qual providência deve tomar a partir deste tipo de posicionamento”, cobrou. Para José Carneiro, os empresários de ônibus não têm interesse em operar em Feira, em decorrência da ação do transporte clandestino. O sistema no Município “dá prejuízo”, acredita o parlamentar.
Durante a gestão do ex-prefeito Colbert Filho, informou Professor Ivamberg, empresas chegaram a pedir “distrato”, e não surgiram outras empresas manifestando interesse. “O transporte é ruim, mas também é deficitário, atualmente”, pontuou.
O governista sinalizou, no entanto, que o prefeito está “extremamente comprometido” em adotar soluções. Gean Caverna (Podemos) reforçou que a paralisação de pessoas dos distritos de Maria Quitéria e Matinha ocorreu justamente por conta da ineficiência do transporte público. Os ônibus não têm frequência no horário e quebram durante o trajeto, deixando as pessoas sem condições de chegarem ao local de estudo ou trabalho, por exemplo, disse ele.
“Estive com o secretário há 40 dias para debater essa questão. Vimos que precisa melhorar também as estradas dos distritos que estão um caos”, afirmou. Para Silvio Dias (PT), a população está usando o último recurso que tem ao alcance, que é se manifestar. “Se o prefeito tivesse escutado a reclamação da comunidade ontem (21), a paralisação da Matinha não teria acontecido hoje. Não dá mais para aceitar que os ônibus quebrem todos os dias”, disse.
Foto: PJ / Acorda Cidade
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