Apesar de ter protocolado dois pedidos de audiência para tratar da padronização da feira livre com o prefeito José Ronaldo, a associação que representa os feirantes da rua Marechal Deodoro, até o momento, não conseguiu ser atendida pelo gestor municipal. A reclamação foi feita pela presidente da entidade, Edineide Ribeiro, que criticou a ausência de diálogo a respeito do assunto, durante pronunciamento nesta terça-feira (13) na Tribuna Livre da Câmara.
“Estamos aqui para cobrar este diálogo. O mesmo problema ocorreu na gestão passada [ex-prefeito Colbert Filho]. Tem condições de se organizar um espaço, onde não se dialoga com quem trabalha no local?”, questionou ela. A presidente da Associação dos Feirantes da Marechal afirmou que também houve tentativa de conversar com o secretário Municipal de Agricultura, Silvaney Araújo. Mas, o titular da pasta não atendeu a categoria.
Segundo ela, algumas informações que chegaram até os trabalhadores, os têm deixado preocupados quanto ao processo da padronização a ser feita pelo Município. “Dizem que já há previsão edital de licitação para o próximo dia 22 de maio. E não sabemos que tipo de barraca será usada. Acreditamos que não tem condição de padronizar uma feira e não se conversar com quem trabalha nela”, observou. Mesmo analisando, superficialmente, a descrição do projeto de barracas que foi disponibilizado no site da Prefeitura, a associação detectou alguns problemas, segundo Edineide Ribeiro.
Como exemplo, ela disse que a barraca é desmontável e só há possibilidade de passar uma lona. “Nossa feira é permanente. Precisa de barraca bem estruturada, com capacidade para guardar as mercadorias e vedada a circulação de insetos”, ponderou. Por ser Patrimônio Imaterial e Cultural do Município (conforme a Lei nº 397/2022), alertou a presidente da associação, “toda e qualquer mudança naquela feira precisa ser dialogada com os feirantes”.
Também em pronunciamento na Tribuna Livre, a vice-presidente da Associação dos Feirantes, Sonia Pereira de Jesus Santos, disse que os trabalhadores não se opõem às melhorias. O que não querem é a imposição de barracas de qualquer forma, sem levar em consideração especificidades dos feirantes. “Temos uma lei que garante que nossa feira é um patrimônio municipal. Não queremos um equipamento que o vento, o sol ou a chuva, levem e estraguem. Se tem um outro projeto, diferente do que inicialmente foi previsto, que nos mostrem. Somos trabalhadores e queremos ser tratados com dignidade”, cobrou.
Este website utiliza cookies próprios e de terceiros a fim de personalizar o conteúdo, melhorar a experiência do usuário, fornecer funções de mídias sociais e analisar o tráfego. Para continuar navegando você deve concordar com nossa Política de Cookies e Política de Privacidade e Proteção de Dados.